Mico Leão Dourado
O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é um primata encontrado originariamente na Mata Atlântica, no sudeste brasileiro. Encontra-se em perigo de extinção.
O mico-leão é conhecido popularmente por sauí, sagui, sagui-piranga, sauí vermelho, mico e outras denominações regionais.
Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. O recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. Depois disso, é o pai que o carrega, cuida dele, limpa-o e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Ele estende os braços e o pai lhe entrega o filhote, que mama durante uns quinze minutos. Mas, mesmo nessa hora, o pequeno não gosta que o pai se distancie.
Atualmente, resta apenas um único local de preservação deste animal: a Reserva Biológica de Poço das Antas, no Estado do Rio de Janeiro, compondo dois por cento do habitat original da espécie. Restam cerca de mil micos-leões-dourados no mundo, a metade dos quais em cativeiro[1].
á em 1558, um frei português chamado Thevet, em visita ao Brasil, falou de um pequeno animal de pêlo dourado, por ele chamado de “Saguin”, que era muito bravo mas de espetacular beleza, e era usado como animal de estimação pelos índios. Já nesta época, a “juba” lhes deu o apelido de mico-leão.Quando se percebeu o risco de desaparecimento da espécie, começaram os estudos para saber quantos ainda existiam. Na época, considerava-se que uma outra espécie, o mico-leão preto, já fora extinta pela destruição das florestas. Descobriu-se que pouco mais de 200 ainda existiam!
A maior parte dos estudos realizados até hoje dedicou-se aos micos-leões dourados, que foram justamente aqueles pelos quais se iniciou o programa internacional de proteção à espécie, envolvendo zoológicos de todo o mundo, criação de reservas florestais e mudanças na legislação, para impedir o tráfico e caça destes micos. Foram tantos estudos que seu comportamento e sua ecologia são usados como parâmetro para as demais espécies de mico-leão.
Embora o tráfico destes animais para outras regiões do mundo seja muito antigo, une-se à destruição da Mata atlântica como os maiores riscos à sobrevivência da espécie. Outros fatores, como animais competidores vindos de outras regiões, doenças e novos predadores também ameaçam os micos-leões.
Hoje, estima-se que cerca de 1200 indivíduos vivam em liberdade, nas matas baixas do Rio de Janeiro, número muito pequeno para a segurança da espécie. Cerca de um terço deste número resulta dos programas de re-introdução da espécie em habitats primitivos por populações de cativeiro. O mico-leão dourado foi adotado como símbolo da proteção à fauna brasileira, e os esforços para sua proteção e recuperação devem ser usados como modelos para muitas outras espécies.
Mico Leão Preto
O mico-leão-preto é quase inteiramente coberto por uma densa pelagem negra. Apenas a parte inferior do seu corpo é diferente, possuindo um marrom esverdeado. A face do L. chrysopygus não possui pêlos, assim como as mãos e os pés, que possuem um tom cinza escuro. Os membros superiores são maiores que os inferiores e a cauda não é preênsil. Todos os dedos possuem unhas em forma de foice, que são usadas para agarrarem-se nas arvóres, exceto o maior dedo que possui uma unha reta. A fórmula dental é 2/1/3/2. São animais de pequeno porte, medindo entre 20 cm a 33,5 cm, a cauda mede cerca de 31,5 cm a 40 cm e o peso varia entre 300 e 700 gramas.
O mico-leão preto foi considerado extinto em 1905, e o desaparecimento desta espécie foi um dos grandes motivadores das pesquisas sobre a extinção nas terras brasileiras. Mas, na década de 1950, foram encontrados dois grupos vivendo no interior do estado de São Paulo, e imediatas medidas de proteção a estes raros sobreviventes começaram a ser feitas.Eram cerca de cento e cinqüenta micos, mas isto dividido em duas populações muito afastadas umas das outras. De lá pra cá, consegui-se aumentar em cerca de dez vezes a população da espécie, mas ainda assim a perda de variedade genética, que pode proteger a espécie no caso de doenças ou de mudanças ambientais, foi muito grande e o mico-leão preto ainda corre enorme risco de desaparecer.
O mico-leão preto é um pouco menor que os outros Leontophitecus, e não é totalmente preto, pois costumam ter uma área alaranjada nas pernas traseiras. São mais desconfiados e silenciosos, e talvez isto tenha sido a salvação para os grupos sobreviventes.
Há uma quarta espécie de mico-leão, o mico-leão de cara preta (Leontophitecus caissara) que foi descoberta recentemente no estado do Paraná. É tão raro quanto o preto quando foi redescoberto, e hoje está sendo estudado para avaliar as melhores medidas para sua proteção. Sua história nos leva a pensar se outras espécies de micos não podem ter sido extintas antes mesmo de serem conhecidas pela ciência.
Mico Leão da Cara Dourada
Primata brasileiro ameaçado de extinção, habita a floresta tropical no sudeste da Bahia (Mata Atlântica), alimenta-se de frutas e insetos. Tem uma reprodução de 125 a 132 dias e vive aproximadamente 15 anos.
O Mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) é um primata brasileiro ameaçado de extinção, pertencente a família Cebidae. Um dos locais que preserva a espécie é o Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro, localizado na cidade de Guapimirim
O mico-leão de cara dourada subsiste apenas na região do município de Una, no sul baiano. Só uma área muito pequena deste é protegida. Seu maior perigo é a intensa destruição florestal. Sua população, embora a maior de todos os micos do gênero, encontra-se seriamente ameaçada.
Os micos-leões são parte de um gênero (Leontophitecus) com quatro espécies, conhecidas popularmente pela sua coloração: mico-leão de cara preta, mico-leão de cara dourada, mico-leão preto e mico-leão dourado.
Todos os micos leões possuem cerca de trinta centímetros de comprimento, com a mesma medida de cauda. Pesam por volta de 500 g, e normalmente nascem duas crias após uma gestação de cerca de 120 a 140 dias. Alimentam-se de frutos, insetos, alguns fungos, pequenos vertebrados e ovos, além de certos exudatos de árvores (seivas e âmbares) e flores abundantes em néctar, que são características de florestas já bem formadas. Há até quem tente levar cipós, bromélias e outras plantas que só aparecem na floresta depois de muito tempo de uma região para outra!
Vivem por volta de quinze anos, e a maturidade sexual varia entre machos e fêmeas: 24 meses para eles, 18 para elas. Podem formar grupos que variam de 3 a 12 indivíduos, e normalmente as fêmeas são expulsas do grupo para formação de novos pólos familiares. Cada grupo costuma ter um território, mas com a pressão da destruição ambiental, acabam competindo fortemente com outros grupos nos limites de territórios menores.
O arranjo mais comum de grupo envolve uma fêmea reprodutora, um macho “dominante” (com a função de reprodutor e “vigia” do grupo. Em caso de morte deste, outro macho do grupo assume seu papel junto à fêmea reprodutora), um ou dois machos jovens e até três filhotes (normalmente nascem dois, a cada sete ou nove meses).
Filhotes são cuidados por todo o grupo e isto “ensina” os membros jovens a manterem suas próprias famílias posteriormente, após 3 ou 4 anos (dispersão do grupo). Os pais normalmente mantém contato mais íntimo com filhotes do mesmo sexo.
O desenvolvimento dos papéis sociais depende muito do contato com os outros micos, sendo que indivíduos com contato excessivo com o homem em cativeiro podem mesmo tornar-se incapazes de reconhecer os sinais características de sua espécie sobre a reprodução ou o perigo.
Os micos-leões são parte de um gênero (Leontophitecus) com quatro espécies, conhecidas popularmente pela sua coloração: mico-leão de cara preta, mico-leão de cara dourada, mico-leão preto e mico-leão dourado.
Todos os micos leões possuem cerca de trinta centímetros de comprimento, com a mesma medida de cauda. Pesam por volta de 500 g, e normalmente nascem duas crias após uma gestação de cerca de 120 a 140 dias. Alimentam-se de frutos, insetos, alguns fungos, pequenos vertebrados e ovos, além de certos exudatos de árvores (seivas e âmbares) e flores abundantes em néctar, que são características de florestas já bem formadas. Há até quem tente levar cipós, bromélias e outras plantas que só aparecem na floresta depois de muito tempo de uma região para outra!
Vivem por volta de quinze anos, e a maturidade sexual varia entre machos e fêmeas: 24 meses para eles, 18 para elas. Podem formar grupos que variam de 3 a 12 indivíduos, e normalmente as fêmeas são expulsas do grupo para formação de novos pólos familiares. Cada grupo costuma ter um território, mas com a pressão da destruição ambiental, acabam competindo fortemente com outros grupos nos limites de territórios menores.
O arranjo mais comum de grupo envolve uma fêmea reprodutora, um macho “dominante” (com a função de reprodutor e “vigia” do grupo. Em caso de morte deste, outro macho do grupo assume seu papel junto à fêmea reprodutora), um ou dois machos jovens e até três filhotes (normalmente nascem dois, a cada sete ou nove meses).
Filhotes são cuidados por todo o grupo e isto “ensina” os membros jovens a manterem suas próprias famílias posteriormente, após 3 ou 4 anos (dispersão do grupo). Os pais normalmente mantém contato mais íntimo com filhotes do mesmo sexo.
O desenvolvimento dos papéis sociais depende muito do contato com os outros micos, sendo que indivíduos com contato excessivo com o homem em cativeiro podem mesmo tornar-se incapazes de reconhecer os sinais características de sua espécie sobre a reprodução ou o perigo.
Mico Leão de Cara Preta
O Mico-leão-de-cara-preta (Leontopithecus caissara) é um primata brasileiro da família Cebidae. Foi descoberto em 1990 na ilha de Superagüi no estado do Paraná. Acredita-se que hoje existam apenas 300 exemplares[1].
Encontrado basicamente apenas em unidades de conservação, como a Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Peruíbe (SP) e a Estação Ecológica de Guaraqueçaba (PR), entre outras, o mico-leão-de-cara-preta está ameaçado de extinção por uma razão muito simples: a destruição de seu principal habitat, a Mata Atlântica (hoje extremamente fragmentada).
A probabilidade, se nada for feito a respeito, é que o declínio populacional será de 50% em 10 anos. Calcula-se que atualmente existam apenas 300 indivíduos desta espécie na natureza.
A exemplo do mico-leão-dourado, ele possui algumas partes da pelagem dourada, como o dorso e o tórax. No geral, possui a face, a juba, as mãos, os pés, o antebraço e a cauda pretos. Pequeno (tem pouco mais de meio quilo e 38 centímetros de comprimento), ele desloca-se pelos galhos utilizando-se das quatro patas.
Verticalmente, os seus gestos assemelham-se ao de uma escalada. Vive em grupos familiares de, no máximo, cinco indivíduos e se comunicam entre si através de uma espécie de assovio agudo, ouvido a longa distância.
Como abrigo, costuma utilizar os ocos das árvores e as bromélias. Territorialistas, os micos-leões-de-cara-preta são muito suscetíveis às mudanças em seu ambiente.
A probabilidade, se nada for feito a respeito, é que o declínio populacional será de 50% em 10 anos. Calcula-se que atualmente existam apenas 300 indivíduos desta espécie na natureza.
A exemplo do mico-leão-dourado, ele possui algumas partes da pelagem dourada, como o dorso e o tórax. No geral, possui a face, a juba, as mãos, os pés, o antebraço e a cauda pretos. Pequeno (tem pouco mais de meio quilo e 38 centímetros de comprimento), ele desloca-se pelos galhos utilizando-se das quatro patas.
Verticalmente, os seus gestos assemelham-se ao de uma escalada. Vive em grupos familiares de, no máximo, cinco indivíduos e se comunicam entre si através de uma espécie de assovio agudo, ouvido a longa distância.
Como abrigo, costuma utilizar os ocos das árvores e as bromélias. Territorialistas, os micos-leões-de-cara-preta são muito suscetíveis às mudanças em seu ambiente.